quarta-feira, 16 de julho de 2014

TEXTO publicado no Jornal "Notícias do Dia"

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O texto a seguir foi publicado na edição impressa de hoje do Jornal Notícias do Dia (Joinville).

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A PSICOLOGIA DO DESAPONTAMENTO


     Há quem diga que mesmo dos eventos ruins é possível extrair alguma lição valorosa para nossas vidas. Por exemplo, a derrota do Brasil nas semifinais desencadeou uma série de sentimentos negativos nos torcedores, como o desapontamento. Mas, esse desconforto acaba conscientizando as pessoas sobre a importância de aprender a lidar com isso.
     Todos nós já nos desapontamos alguma vez no passado, e – inevitavelmente – nos desapontaremos novamente no futuro, pois este é um sentimento que faz parte da nossa natureza psicológica.
     Porém, precisamos entender que ele é desencadeado pelo descompasso entre a expectativa e a realidade. Por exemplo, no caso do jogo do Brasil, muitos nutriam a esperança de que venceríamos. Entretanto, perdemos. E, para piorar ainda mais a situação, foi uma derrota de 7 a 1. Ou seja, além do resultado ter sido o contrário ao que esperávamos, ele foi pior que o mais pessimista dos palpites.
     Uma forma de reduzirmos o desapontamento é evitando nutrir uma esperança desproporcional em algo ou alguém. Claro que ser esperançoso é bom, mas em muitos momentos da vida a humildade evita sofrimentos futuros. Por exemplo, haja vista que a intensidade do desapontamento é proporcional à diferença entre a expectativa e a realidade, aqueles que pensavam que o Brasil venceria a Alemanha com facilidade, provavelmente ficaram muito mais desapontados com o resultado, que aqueles que reconheciam o grau de dificuldade do jogo, e apostavam num placar mais pareado e humilde. Isso significa que ser confiante é muito bom, mas o excesso de confiança pode aumentar bastante o risco do desapontamento no futuro.
     Porém, não é somente quem é desapontado que precisa aprender a lidar com a situação. Quem desaponta também precisa! Isso porque este é um sentimento que sinaliza ao outro o erro cometido, despertando nele a culpa, e o desejo pela reparação.
     Por isso, é preciso refletir sobre os próprios atos, ter hombridade para reconhecer quando desapontou alguém, reconhecer a responsabilidade e tentar reparar a situação de alguma forma. Caso contrário, o relacionamento começará a se desfazer.

     No caso da seleção, o técnico Felipão assumiu a culpa pelo resultado. Entretanto, na disputa pelo terceiro lugar, voltou a falhar. Inclusive, este sentimento de desapontamento ficou evidente entre os próprios jogadores que, em determinado momento do jogo, ignoraram-no e recorreram aos colegas do banco, em busca de dicas. No fim das contas, ele está assumindo o erro, mas se esquivando da reparação, e essa não é uma boa estratégia para lidar com o desapontamento.

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Tenha um dia PLENO!

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